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Em 2006, foram apreendidos 145 mil quilos da droga e, em 2007, esse total chegou a 578.060 quilos.
“O crack realmente está incomodando muito e chamando muita atenção. O Ministério da Saúde está alerta, os órgãos de repressão estão em cima também e nós estamos dando destaque ao tema em todas capacitações que promovemos com a sociedade”, admitiu o secretário nacional de Políticas Antidrogas, general Paulo Uchôa.
Para o representante do Unodc no Brasil, Bo Mathiasen, o maior desenvolvimento sócioeconômico dos últimos anos, associado ao atrativo mercadológico do crack, ajuda a explicar o aumento do consumo da droga no País. “O crack é mais barato, sim, e vicia muito, agravando rapidamente o problema da dependência química”, assinalou Mathiasen.
A Polícia Federal (PF), por sua vez, destacou que o aumento das apreensões de crack e das próprias da substâncias químicas utilizadas para fabricação da cocaína refletem uma melhor eficácia das políticas de repressão em curso. O crack explodiu no Brasil, segundo a polícia, pela dificuldade crescente de se comercializar a cocaína.
“Não havendo possibilidade de produzir o cloridrato de cocaína, começou a ingressar pela nossa extensa fronteira de selva pasta base para ser transformada em crack, num modo simples para a venda a varejo no Brasil. O Estado brasileiro deve ampliar o esforço de conscientização dos potenciais consumidores e manter uma política de repressão sem tréguas”, explicou o diretor do departamento de combate ao crime organizado da PF, Roberto Troncon.
Não há no Brasil política oficial específica de combate ao crack. A Secretaria Nacional de Antidrogas (Senad) acredita que o principal elemento para prevenir os jovens contra o consumo de crack e de outras drogas é um engajamento cada vez mais efetivo no trabalho de prevenção por parte de diversos atores sociais, como familiares, professores, religiosos e outros formadores de opinião.
“Nosso grande sonho é que o nosso jovem pudesse dizer não às drogas, mas não por medo da polícia. Que ele diga não com informação, maturidade e responsabilidade”, disse o general Uchôa.
A Senad disponibiliza o telefone 0800-5100015 para auxiliar cidadãos e repassar orientações médicas e psicológicas a respeito da dependência química.
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